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quarta-feira, 29 de julho de 2015

Resenha: Cidades-Mortas - Dêner B. Lopes




Em parceria com a Chiado Editora, recebi o livro Cidades-Mortas, escrito pelo autor nacional Dêner B. Lopes, e é inspirado na distopia The Hunger Games. eu já li, e hoje vou fazer uma resenha com a minha opinião sobre a obra.

"Cidades-Mortas" se passa num Brasil futurista chamado Lisarb. Conta a história de Arthur Noah, um rapaz medroso e esquelético que teme mais que tudo ser escolhido para ser um dos participantes desde que é um dos maiores reality show brutal do mundo; o Cidades-Mortas, onde a elite escolhe, por votação, 20 jovens para serem perseguidos por soldados-robôs do governo programados para torturar até a morte qualquer humano à frente. E de uma maneira nada convencional, Arthur estará entre eles.
Com uma ditadura fututurista nunca antes retratada na literatura nacional contemporânea, Dêner B. Lopes apresenta ao leitor um mundo não tão distante quanto pensamos estar.

A história se passa em um mundo distópico, mais especificadamente, num Brasil futurista chamado de Lisarb, onde acontece um Festival, onde um casal de cada uma das 10 cidades, são eleitos pelo povo, para ir à uma Cidade-Morta, onde não mora ninguém, porém há muitas construções, tipo uma cidade abandonada, e lutar contra soldados-robôs para sobreviver. E ao final os sobreviventes têm direito a dois pedidos, que passam pela a aprovação do governo e lhe é concedido.

No meio disso, conhecemos Arthur, que vem de uma família que teve campeões e quase campeões do Festival, ele é medroso, e não quer de jeito nenhum ser Eleito, mas teme que as pessoas de sua cidade irão escolhê-lo por causa da sua família, mas Arthur acaba entrando para o Festival de outro jeito.

É chegado o dia, e lá, Arthur faz aliança com Will, um garoto que entrou para o Festival do mesmo jeito que ele, mas que tem uma forma de pensar e de agir diferente de Arthur, e junto com eles também conhecemos mais uma eleita, Monique, que é negra, o que gera uma discussão em fazer aliança com ela ou não, pois Will é racista.

Cada uma das 10 Cidades da nação de Lisarb escolherá, por meio de voto dos habitantes, um casal de jovens entre 15 e 18 anos para o Festival das Cidades-Mortas.
Os 20 Eleitos serão encaminhados para a Cidade-Morta selecionada, onde serão confinados e terão que escapar dos soldados-robôs que irão se dispersar pelo local, com claras intenções de morte lenta.
Todos aqueles que conseguirem sobreviver até o final das duas semanas de confinamento, terão a honra de fazer dois pedidos, possíveis e aprovados pelo Presidente, é claro.
As seleções começarão no dia primeiro do último mês do ano e o Festival terá início no dia terceiro após os Eleitos serem anunciados.
O confinamento será acompanhado por toda Lisarb por meio da TV aberta durante todos os dias do Festival, ao fim das noites.
Aos Eleitos, com toda a verdade, desejamos sorte e, acima de tudo, coragem.

David Neil e Boris Alvimar (Diretor da Emissora RGS-14 e Presidente da República)

E em meio a tudo isso, vamos conhecendo um pouco mais dos personagens, suas características, do que são capazes de fazer para ganhar, e de como o autor foi tratando temas sobre drogas, preconceito racial, política, e outros assuntos polêmicos, de uma maneira simples e direta, abrindo a cabeça do leitor. É sem dúvidas uma grande crítica social.

Foi uma leitura muito rápida e proveitosa, e que tem algumas coisas parecidas com Jogos Vorazes, mas não é totalmente plágio, pois na famosa trilogia distópica, temos um triângulo amoroso, e de certa forma, um romance para envolver a história, mas em Cidades-Mortas não, temos um interesse amoroso entre Arthur e Monique, mas nada que seja muito forte e destacante na trama, justamente, porque o governo proíbe que negros e brancos se relacionem.

O mundo distópico criado por Dêner, se observarmos, não está necessariamente tão longe do nosso, se repararmos na situação em que nosso mundo se encontra, mas mesmo assim é fascinante, nos faz refletir, como as pessoas podem ser influenciadas por governos autoritários, e não fazerem nada para mudar. O livro está recomendado, para quem gosta do gênero Distopia, vale a pena dar uma olhada e conferir esta obra nacional! Se você já leu deixe aí nos comentários e até mais!

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